terça-feira, 6 de outubro de 2009

Brasil e Europa acertam nova cooperação no pós-crise

No primeiro encontro bilateral de negócios desde a crise econômica global, Brasil e Europa divulgaram hoje, na Suécia, um comunicado conjunto que prevê uma série de medidas de cooperação entre as duas forças até 2010. Entre as principais ações a serem adotadas, estão o combate ao protecionismo e à bitributação, um esforço para a conclusão do tratado de livre comércio com o MERCOSUL e um acordo de mudanças climáticas e energia que preveja a redução das emissões de carbono e meta para os países ricos que mais poluem o Planeta.

O documento foi divulgado em Estocolmo, hoje, durante o encerramento do 3º Encontro de Negócios Brasil/União Européia, que reuniu empresários e ministros brasileiros e europeus. O Presidente Lula e o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, além do Primeiro-Ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, participaram da cerimônia.

Em seu discurso, o Presidente Lula lembrou que desde os tempos de sindicalista tinha freqüentes contatos com empresas suecas, inclusive montadoras. Ele fez uma análise positiva da economia, falando da travessia da crise e da ascensão da classe média. “Hoje, todo brasileiro é um potencial consumidor”, disse o Presidente. Lula voltou a mencionar os projetos recentes, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016 que ajudaram a recuperar a auto-estima do brasileiro, segundo ele. “São excelentes oportunidades de investimentos”. Falou também dos problemas ambientais, dos biocombustíveis e das parcerias já feitas com a Suécia.

Já o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro Neto, chamou a atenção para a questão climática, que tomou boa parte de seu pronunciamento. Ele disse que é essencial que os governos criem condições de desenvolver tecnologias limpas, garantir os direitos de propriedade e encontrar uma saída para os impasses comerciais.

“Sanções comerciais não ajudarão a conter a poluição climática e estimularão retaliações que comprometeriam a competitividade as empresas”, destacou o dirigente da CNI.