quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Esclerose Múltipla: uma doença silenciosa e ainda sem cura

Na próximo sábado, dia 30, é comemorado o Dia Nacional da Conscientização da Esclerose Múltipla, uma doença crônica e ainda sem cura, que afeta o sistema nervoso, provocando muitos sintomas diferentes em diversas partes do corpo. A doença é lentamente progressiva e se caracteriza pela perda da mielina, substância que envolve os nervos, na medula e no crânio.

De acordo com a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, não existem ainda as causas definidas da doença, mas estudos mostram que possa ser causada por anomalias imunológicas ou infecção produzida por um vírus. Ela ressalta que, atualmente, a doença atinge um número bem maior de pessoas que há 20 anos e as manifestações podem surgir dos 20 aos 40 anos, mas também pode ocorrer em crianças de até seis meses de idade e em adolescentes.

Sintomas- De acordo com a psicanalista, os portadores podem apresentar problemas visuais, distúrbios de linguagem, do equilíbrio e da força, dormência, formigamentos e perda da coordenação motora.

Soraya explica que a evolução desses sintomas é imprevisível e variada. “Em algumas pessoas a ocorrência dos sintomas se dá com períodos longos de intervalos, mas em outras a incapacitação pode acontecer em meses. Além disso, depende da idade do paciente. Quando a doença se manifesta a partir da meia idade, as chances de ela se desenvolver mais rapidamente são imensas e pode ser fatal em apenas um ano”, salienta.

Tratamento- A Esclerose Múltipla é uma doença crônica incurável, mas existem medicamentos que, em muitos casos, podem reduzir a incidência e a gravidade dos surtos. Além dos cuidados gerais, é recomendado ainda fisioterapia e psicoterapia.

Soraya esclarece que há uma ampla variedade de terapias destinadas a ajudar a superar os efeitos que a doença causa sobre o bem-estar físico e psicológico do portador da doença. Porém, ela ressalta a importância de o paciente poder contar com a ajuda e com a compreensão dos parentes e pessoas mais próximas, para que o tratamento seja corretamente acompanhado e a pessoa sinta-se segura.