domingo, 4 de outubro de 2009

Livro de Rogaciano Leite será lançamento na Bienal

A 7ª edição da Bienal Internacional do Livro, maior feira literária do Estado, será palco no próximo dia 08, às 19h, do lançamento da reedição do livro Carne e Alma, de autoria do jornalista, escritor e poeta pernambucano, Rogaciano Bezerra Leite, que morreu em 07 de outubro de 1969. O evento, no Centro de Convenções de Pernambuco, terá a presença da filha do poeta, Helena Leite e marca o início das comemorações em memória dos 40 anos de falecimento do escritor. A data também será lembrado no município Itapetim, sua terra Natal, com grande programação festiva, de 09 a 11 próximo.

A festa recebeu o nome de Tributo ao Poeta Rogaciano Leite e sua abertura, dia 09, em Itapetim, a 420 km do Recife, contará entre outras atrações, com exposição da estátua Rogaciano Leite, mostra fotográfica, exposição de peças no museu da cidade, espetáculo teatral sobre a vida e obra do poeta, além da primeira etapa do Congresso de Poetas Repentistas de Itapetim. Todas as atrações são abertas ao público e acontecem no Centro Cultural Rogaciano Leite.

No Centro Cultural, também haverá o lançamento do livro Carne e Alma, no próximo dia 10, às 20h. E logo, em seguida, acontece o VIII Congresso de Violeiros de Itapetim, com as participações de Ivanildo Vila Nova e Raimundo Caetano; Edmilson Ferreira e Antônio Lisboa; Diomedes Mariano e Sebastião Dias; José Cardoso e Edvaldo Zuzu e Ismael Pereira e Raulino Silva. A programação será encerrada no dia 11, com uma missa às 18h, na Casa onde nasceu Rogaciano Leite, no Sítio Cacimba Nova, zona rural de Itapetim, para lembrar os 40 anos da morte dele.

As homenagens ao poeta Rogaciano Leite são realizados pelo Rotary Clube de Itapetim; Rádio Pedras Soltas FM, Sindicato dos Trabalhados e Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Cultura. O evento conta com patrocínio do Banco do Nordeste.

Produção Literária - Com uma produção literária completa que vai do repentismo popular ao erudito e dos versos escritos aos improvisados, Rogaciano Leite deixou um legado importante para a literatura brasileira. Ao longo dos anos, suas obras, a exemplo do livro Carne e Alma receberam elogiosos aplausos por parte da crítica literária do país, com destaque para alguns intelectuais como Gilberto Freyre, Costa Porto, Assis Chateaubriand, Jorge Amado, Mauro Mota e outros.

Como poeta erudito, o trabalho de Rogaciano Leite assemelha-se à Castro Alves, em quem sempre se espelhou, enquanto poeta erudito. A semelhança era tanta que o cordelista Pedro bandeira intitulou seu cordel em homenagem ao poeta itapetinense de “Rogaciano Leite, o Castro Alves do Século XX”. Além de Pedro Bandeira, o poeta popular Pinto do Monteiro também escreveu um cordel intitulado “Vida e Morte de Rogaciano Leite”, no qual descreve a história desse genial poeta.Já como repentista popular, Rogaciano recebeu influência de vários poetas populares, especialmente do Cego Aderaldo, de quem foi grande amigo, parceiro e admirador.

Entre as suas diversas obras, Carne e Alma é considerada a mais importante de todas. Os vários poemas reunidos no livro foram publicados pela primeira vez, pela editora Pongetti, no Rio de Janeiro, em 1950, com Prefácio de Luis da Câmara Cascudo, que também atuava como jornalista, advogado e historiador.

Discípulo de Pinto do Monteiro, foi também um ótimo orador e como jornalista chegou a ganhar um prêmio Esso de Jornalismo. Teve como parceiro o cantor Sílvio Caldas que gravou em forma de música seu poema “Cabelos Cor de Prata”, feito de improviso no “Bar Máxime”, no Bairro do Pina - Recife.

Rogaciano publicou, em plaquetas e/ou cordéis, os poemas: “Acorda Castro Alves”, por ocasião do centenário do nascimento do poeta baiano; “Quando Eles se Encontram Novamente”, poema lírico-dramático; “Dois de Dezembro”, poema cívico; “Poemas Escolhidos” (publicado em 1956 pela Imprensa Oficial, em Fortaleza, com 48 páginas); “O Cantador Antonio Marinho” (publicado, como separata da “Revista de Investigações”, em São Paulo, em 1950, com 25 páginas) e, o mais famoso de todos, “A Morte de Maria Coquinha”. Este poema, composto por 148 estrofes de seis linhas, retrata a trágica morte de uma jovem na sua cidade Natal.

Serviço
Festa Tributo ao poeta Rogaciano Leite 
De 08 a 11 de Outubro
Centro de Convenções
Estande Armazém Cultural Cariri e Pajeú
Centro Cultural Rogaciano Leite, Itapetim – PE
Acesso gratuito
Informações: (87) 3853.1284