Após um ano de trabalho compilando e consolidando diversos índices sociais da capital pernambucana, o Observatório do Recife lança o conjunto de indicadores da cidade, amanhã, durante a realização do 1º Encontro Nacional da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis.
O documento reúne indicadores estratégicos a respeito de saúde, educação, emprego e renda, mobilidade urbana, juventude, segurança pública e meio ambiente da cidade. O lançamento da cartilha pretende permitir a monitoração, avaliação e formulação de políticas públicas, ampliando o debate sobre qualidade de vida entre governo e sociedade.
Os indicadores resultam a primeira etapa de trabalho do Observatório do Recife. Posteriormente, serão agregados novos dados estratégicos, que podem trazer detalhamento das informações por região ou bairro, e análises comparativas com outras cidades do país.
O Observatório do Recife congrega 28 instituições locais e tem como princípios a isenção político-partidária e a defesa do exercício da cidadania, transparência, equidade, solidariedade, inclusão e liberdade de opinião.
Monitoração em Rede - O Observatório do Recife acompanha tendências de experiências de sucesso realizadas por sociedades civis organizadas no Brasil e em outros países da América Latina. O primeiro projeto a chamar a atenção foi o Bogotá Como Vamos, cujo modelo de mobilização social foi implantado durante o mandato do prefeito Luis Eduardo Garzón, na Colômbia. Após quatro anos de monitoramento sistemático, verificou-se que 98% das metas estabelecidas para a área da educação foram cumpridas e que o número de homicídios caiu.
O movimento Observatório do Recife está integrado à Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis, que reúne 21 cidades no país. Outros exemplos nacionais de protagonismo da sociedade na melhoria das condições de vida das cidades é o Rio Como Vamos, que estudou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e realizou uma pesquisa de percepção pública da vida na cidade para colher informações que lhe sirvam de base para a criação de indicadores sociais.
Em São Paulo, a Câmara Municipal deve votar uma proposta de alteração da "Constituição" municipal, para prever a obrigação de os próximos prefeitos cumprirem um programa detalhado de governo. A proposta veio do movimento Nossa São Paulo: Outra Cidade, do Instituto São Paulo Sustentável (ISPS), criado em 2007 a partir da experiência em Bogotá.
Segundo o ISPS, o movimento, integrado por 393 organizações da sociedade civil e 30 empresas, surgiu para “recuperar a confiança da população nos processos políticos, valorizar a democracia participativa e promover o desenvolvimento sustentável da cidade”.
Serviço
1º Encontro Nacional da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis
28 de maio
Às 20h
Fundação Joaquim Nabuco
Auditório Benício Dias
Av. 17 de Agosto, 2187, Casa Forte, Recife - PE