sábado, 3 de outubro de 2009

Vanuza Silva lança livros na 7ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco

A escritora pernambucana Vanuza Silva, estará lançando 10 livros de literatura infantil, durante a 7ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em um stand próprio (ASNAI Editora e Distribuidora), durante todo o período do evento que compreende de 02 a 12 de outubro 2009, das 10h às 22h, com entrada franca, no Centro de Convenções de Pernambuco. Todos os lançamentos são para didáticos que abrangem uma faixa etária bem variada. Nos livros infantis, “O mar é um outro mundo”, “Borboletas princesas da natureza”, “Gafanhoto ou Esperança? Qual a diferença?” e “Formiguinhas festa na floresta”, Vanuza busca de forma educativa, mostrar as relações e diferenças entre as várias espécies de animais, o cuidado com os bichos e o respeito pela natureza. E foi repleta por este sentimento de amor aos bichos e preocupada como todo ser humano, que a escritora escreveu de uma forma singular: “Reciclar é transformar! Lixo em artigo de luxo!”, onde o lixo é o personagem principal e expressa seu sentimento, buscando educar a criança de uma forma divertida e didática, marca com a qual a escritora assina todas suas obras.

Já nos títulos infanto-juvenis, “Vovó Chiquinha, Caboré e a botija”, “Vovó Chiquinha e a alma prezepeira”, “Mandacaruzinho, o Rei do Sertão”, “Manjeroba, vaquinha boa de leite” e “A grande invenção do Zé Preá”, as raízes sertanejas da autora estão muito presentes, através das histórias que ouvia na infância e que serviram de inspiração. “Além do resgate cultural, sempre trago nas minhas obras a questão do convívio familiar, a importância da cidadania, o amor à natureza, busco aproximar a criança dos pais e incentivar ambos, pais e professores a contarem histórias para as crianças, isso irá influenciar no imaginário infantil, aumentará sua criatividade, contribuindo para formação de novos leitores e futuros escritores”, destaca a escritora.

Os trabalhos de Vanuza Silva são bem diversificados, construídos em versos livres, poesias em quadras e sextilhas metrificadas onde a 2ª linha rima com a 4ª e a 4ª com a última (ABCBDB), muito conhecida na literatura de cordel. A diversificação também está presente nos temas que abordam o meio ambiente e a peculiaridades do sertão pernambucano. “Com esta variedade incentivo o professor a pesquisar e passar para os alunos as diferenças de cada estilo e apresentar assuntos da região sertaneja, com os seus causos sobre botijas e almas penadas, brincadeiras típicas, entre outros assuntos que fazem parte do cotidiano da região”, explica.

A maioria dos livros mistura fantasia com realidade, os bichos falam como nas fábulas e alguns personagens são pessoas do seu convívio, como sua sobrinha Twanny que está no livro “Gafanhoto ou Esperança? Qual a diferença?”. E neste mesmo livro sua mãe, encontra-se representada no personagem principal que é a esperança. Já no livro “A grande invenção do Zé Preá”, a inspiração vem do seu animal de estimação, um preá da Índia. “Acredito que os bichos falam conosco, através de seus gestos de carinho, nos saúda com o seu canto, nós é que não temos tempo, não paramos para ouvi-los e nem procuramos entender os seus sentimentos e aprendermos os seus ensinamentos. Por isso faço minha a voz dos animais e de tudo que me possa chamar atenção para a verdade das coisas, afinal para estarmos vivos, precisamos nos cercar de vida”, finaliza.

As Formiguinhas - Foi seu primeiro livro, lançado em 2007 pela Editora Espaço Idea. É um paradidático indicado para crianças de 2 a 6 anos. O livro é uma poesia narrativa que faz um paralelo entre as atividades das formigas com as dos homens. De forma leve, sutil e muito prazerosa a autora mostra às crianças a rotina laboriosa desses bichinhos, cantando o amor à vida, à natureza, aos companheiros e ao criador. Suas Formiguinhas brincam, educando, numa linguagem atraente, simples e verdadeiramente encantadora.

Hoje, com uma tiragem de 3 mil livros e adotado por algumas escolas do Recife, o livro circula nacionalmente pela Editora Espaço Idea de São Paulo, onde lá varias escolas já adotara, além do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Paraná e Bahia.

Vanuza Silva - A Escritora, Vanuza Ferreira da Silva, natural de Arcoverde cresceu na Cidade de Sertânia, ambas no Estado de Pernambuco, onde aprendeu desde os seus 12 anos a amar e respeitar as artes. Teve participação ativa em diversos números artísticos, como: Festival de Música, cantando “Meu canarinho” composição de sua autoria, Grupo Nozes e Vozes, além de eventos teatrais, como “TAZ e Emídio Neto”. Paralelamente escrevia poesias e textos para apresentação na Escola Olavo Bilac.

Suas habilidades fluíram desde cedo, com incentivos das professoras das Escolas Professor Jorge de Menezes e Olavo Bilac, onde estudou. Seus pais e amigos tiveram também participação extraordinária no seu desenvolvimento artístico.

Recife, cidade onde ampliou seus ideais à conquista de novos horizontes, tornou-se a sua princesa querida, recebendo-lhe de braços abertos.

Em 1991, participou de oficinas de teatro, cujo Festival Tropeças, do Teatro Barreto Junior a fez conquistar a 1ª colocação como melhor escritora no esquete “Toda Moça Quer Casar”, sendo premiada com o 1º lugar na avaliação de melhor atriz.

Atualmente deixou-se revelar na leveza e na simplicidade de se comunicar com as crianças, desenvolvendo o projeto “Coletânea Infantil”, composta por dezenove livros. Cada fascículo conduz a criança a ver e refletir sobre as pequenas coisas do dia-dia de forma inteligente e prazerosa.

Seu primeiro exemplar, “As Formiguinhas”, faz um paralelo das atividades destes pequenos seres com as dos homens.